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Consumo Consciente

O cenário de isolamento social vivido na pandemia do Novo Coronavírus, em 2020, vem gerando uma nova consciência coletiva sobre como lidamos com o consumo de modo geral. Novos padrões estão sendo desenhados, diversificados, facilitados e amplamente estimulados. Se você observar atentamente, temos vários comandos que levam a uma ação imperativa de consumo:

de um


·“faz um pix”


·“arrasta para cima";


·“pague pelo whatsapp";


·“basta inserir o cupom de desconto";


·“aponte a câmera do celular para o Qr code";


O Instituto QualiBest apontou que mais de 40% da população brasileira passou a realizar suas compras via internet pela primeira vez.


Tomar decisões não é um caminho fácil. Quando se trata então de relações consumo, em uma cultura que cria estratégias para seduzir o desejo por comprar, é preciso ter muita disciplina e autocontrole. Por isso, quanto mais conhecimento sobre os elementos estruturantes do nosso pensamento em relação à dinâmica das relações de consumo, mais chaves de leitura teremos para agir de forma racional e crítica. Se você decidir, conscientemente, consumir algo, está tudo bem. O importante é educar o seu comportamento consumidor, considerando todas as dimensões que interferem na sua tomada de decisão.


Uma ótima fonte de pesquisa é o site https://www.consumidormoderno.com.br/, nele você verá as últimas pesquisas sobre o comportamento e a experiência do consumidor. Destaco aqui a análise “BBB 21: A mina de ouro da Globo”. O BBB deixou de ser uma curiosidade sobre o comportamento social de um grupo enclausurado, para uma plataforma de venda de anúncios e produtos.


“Nas duas últimas edições do programa Big Brother Brasil, os produtores responsáveis adotaram uma diferente estratégia para atrair o público jovem e ganhar um fôlego na audiência: a participação de influenciadores digitais que recebem o título de “participante camarote" quando entram na casa. Um programa que vinha apresentando quedas de audiência, renasce das cinzas ao apostar nos influenciadores digitais. Não esqueça que são 21 anos no ar... O impacto de engajamento de público e de lista de patrocinadores para terem suas marcas associadas ao programa é sem precedente. Durante o período de exibição do programa, uma verdadeira torcida apaixonada pelos seus influenciadores agita as redes sociais e não raro ocupam o desejado ‘trending topics’.” A ideia é que você consuma o que está sendo usado na casa do reality.


“Para além do entretenimento, vale olhar para o BBB de forma mais 'corporativa'. As marcas divulgadas durante o programa são bastante impactadas pela quantidade de acessos e vendas, o que mostra que o reality funciona muito bem como uma plataforma de divulgação de produtos e serviços. Segundo o Painel Nacional de TV, da empresa Kantar, o programa teve um alcance médio diário de 39,8 milhões de espectadores. A pesquisa abrange a audiência nacional com base nas 15 regiões metropolitanas com maior consumo no País.Um dos exemplos de divulgação que impactaram nas vendas do varejo foi o caso da Comfort, marca de amaciantes. A empresa fez uma ação de marketing antes do início do BBB, durante a última semana de abril, em que mostrava um QR Code. Nele, o usuário era direcionado a uma página da Amazon para a venda da linha nova do produto, que estava em promoção. O resultado foi muito acima do esperado: a Comfort vendeu, em dois dias, o mesmo volume que faria em quatro meses e meio. Para além das vendas, a empresa destacou que foi registrado um recorde histórico de buscas no site da Amazon, com a visita de 200 mil usuários — um aumento de 1.400% nas visualizações.


O McDonald’s, outro exemplo, apoiou financeiramente o reality pela primeira vez. A companhia divulgou, recentemente, que teve 80% mais vendas em plataformas de entrega no dia em que fez a ação promocional no programa.”


Reforço aqui a questão central, não há problema algum em consumir. O questionamento que faço é quanto do seu consumo é por decisão própria e quanto é por influência externa, para que se sinta incluído em algum grupo social? Se há este sentimento de pertencimento nos produtos e serviços usados, quanto isto impacta na sua vida financeira?


Há o consumo consciente e o consumo irracional. Pequenas atitudes no seu dia a dia podem ajudá-lo(a) a poupar dinheiro para alcançar metas e objetivos. Pensar e refletir lhe aproximarão dos seus objetivos e sonhos.


Lembre-se que nunca é ‘só’ um amaciante ou ‘só’ um hambúrguer. É um padrão de comportamento.



Beijos monetários e até a próxima!



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