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País registra superavit de R$ 19,3 bi, influenciado por gastos menores com salários e precatórios.

Reportagem de Fernanda Strickland e Rafaela Gonçalves


As contas do governo central registraram superavit primário de R$ 19,3 bilhões em julho, o segundo maior da série histórica, só perdendo para julho de 2011, de acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional. O saldo positivo foi puxado principalmente pela alta da arrecadação tributária, que atingiu o recorde de R$ 206,6 bilhões no mês passado, mas também pela queda de despesas importantes, como o gasto com salários de servidores, que não tiveram reajuste nos últimos anos. Em junho, o resultado havia sido de R$ 14,4 bilhões.


Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Paulo Valle, o desempenho veio acima das expectativas também por conta do fim de despesas extraordinárias relacionadas ao combate à pandemia. "Além disso, ainda não foram pagos R$ 25 bilhões em precatórios, dívidas judiciais da União, que foram adiados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Com isso, teremos 12 meses sem o pagamento de precatórios, o que ajuda bastante", observou Valle.


O governo central compreende Tesouro e Banco Central, que fecharam o mês com saldo positivo de R$ 38 bilhões, e a Previdência Social, que teve resultado negativo de R$ 18,7 bilhões, acumulando um rombo de R$ 187,805 bilhões nos sete primeiros meses do ano.

A economista Carla Beni, professora MBAs da Fundação Getúlio Vargas (FGV), destacou que o deficit da Previdência já era esperado. "A última reforma foi importante, mas não teve a intensidade ou na forma que deveria. Então, é natural que tenhamos deficits constantes na Previdência", disse.


Considerando o resultado acumulado de janeiro a julho, o governo central passou de um deficit de R$ 73,1 bilhões, em 2021, para um superavit também de R$ 73,1 bilhões em 2022. Este é o melhor resultado desde 2012, considerando valores corrigidos pela inflação.

Em termos reais, a receita líquida teve acréscimo de R$ 135 bilhões (alta de 15,1%), enquanto a despesa total caiu R$ 20,3 bilhões (1,9%) quando comparadas ao mesmo período de 2021.


A expectativa do governo é que as contas fechem o ano no azul. A União está autorizada a encerrar 2022 com deficit primário de até R$ 170,5 bilhões, meta fiscal definida pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). No entanto, os técnicos do Tesouro acreditam que será possível fechar o ano com superavit, o que seria o primeiro saldo positivo para as contas do governo central desde 2013.


Confira a matéria completa, clique no link:

https://www.correiobraziliense.com.br/economia/2022/08/5033333-pais-registra-superavit-de-rs-193-bi-influenciado-por-gastos-menores-com-salarios-e-precatorios.html

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