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Saiba quais atividades mais contribuíram para reduzir o desemprego no Brasil.

Reportagem de Lucas Eduardo Soares


Os dados mais recentes de desocupação no Brasil, divulgados nesta quarta-feira (31), mostram que a taxa da população sem emprego no país caiu para 9,1% no trimestre encerrado em julho. O indicador do último mês representa uma queda de 1,4 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, quando o número apresentado pela Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) era de 10,5%. Na esteira da redução do desemprego, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), todas as atividades vêm registrando aumento de vagas e de gente trabalhando. Mas duas, em especial, ficaram em evidência no trimestre que compreendeu os meses de maio, junho e julho. “Essas duas atividades, de fato, foram destaques, mas cabe ressaltar que nenhum grupo de atividade econômica apresentou perda de ocupação. Ou seja, todos os setores adicionaram pessoas ao mercado de trabalho”, pontua a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios, Adriana Beringuy. Quer saber quais são? Líderes em geração de empregos

O primeiro grupo é o de “Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas”. Os dados do IBGE mostram que houve um acréscimo de 692 mil pessoas no mercado de trabalho. O percentual aumentou 3,7% em comparação com o trimestre encerrado em abril. Faz sentido tendo como base o momento pelo qual passa o Brasil. Quem explica é a economista e professora de MBAs da FGV (Fundação Getúlio Vargas), Carla Beni. “O comércio é uma atividade que vem sendo resgatada com a retomada da economia, pois tivemos uma retração muito grande dos serviços por conta da quarentena”, salienta a especialista. Esse movimento, aliás, pode ajudar a explicar a reparação dos veículos – ou seja, naquela manutenção dos carros e das motocicletas. “Podemos atribuir a uma retomada do mercado, com as pessoas voltando a ir para a rua e usando seus carros”, comenta. De acordo com ela, a redução do ICMS nos estados, que provocou a redução dos combustíveis, também é um dos fatores. O segundo grupo que mais empregou no período foi o de “Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais”. No trimestre, o incremento total foi de 648 mil pessoas, 3,9% maior do que o período anterior. “Aumentou o número de ocupação dos funcionários públicos estatutários, por isso você entra com saúde, educação e militares”, explica Carla Beni. “Este é um governo específico, que tem direcionado uma série de políticas para o setor militar, como aumento de salários, aumento de contratações. Então, você tem os militares nessa ponta e os funcionários estatutários com mais contratação e maior volume de renda média”, avalia a professora. Em um relatório publicado nesta quarta-feira por meio de sua equipe de Estratégias e Pesquisas Econômicas, o Inter também comentou os dados mais recentes divulgados pela Pnad e acrescentou que uma das possibilidades que ajudam a explicar o aumento nesses dois segmentos tem a ver com fatores sazonais e a retomada do ensino presencial. O documento é assinado pela economista-chefe do Inter, Rafaela Vitória, e Vitor Martins. Desemprego cai e vai a 9,1%

Os dados do IBGE mostram que o indicador dos últimos três meses foi o menor da série desde o trimestre encerrado em dezembro de 2015, quando a taxa também era de 9,1%. Já em relação ao contingente de pessoas ocupadas, a Pnad mostra que 98,7 milhões de brasileiros estavam em atividade, recorde na série histórica iniciada em 2012. Taxa de desocupação no Brasil


De acordo com os analistas do Inter, apesar do cenário econômico mais desafiador para setores considerados mais cíclicos, a população ocupada pela construção (+1,7%) e pela indústria (+1,5%) mantiveram trajetória de crescimento. Porém, coletando reflexos da desaceleração global e a manutenção da taxa de juros, alguns setores devem ter seus ritmos retardados no segundo semestre. “População ocupada pela agricultura (+0,6%) ainda não recuperou perda observada dos últimos 12 meses de 1,8%, mas diante dos recordes de produção safra de inverno, espera-se manutenção do crescimento de ocupados por esse setor nas próximas leituras”, mostra o documento. Mas os efeitos já vêm sendo sentidos. Segundo o instituto, o nível de ocupação – ou seja, percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalho – foi de 57%. O número é 1,1 ponto percentual maior em relação ao trimestre anterior (55,8%). Porém, se comparado com o mesmo período de 2021 (52,8%), o salto é de 4,1 p.p. "É possível observar a manutenção da tendência de crescimento da ocupação e uma queda importante na taxa de desocupação”, explica a coordenadora Pnad, Adriana Beringuy.]


Confira a matéria completa, acessando o link:

https://www.inset.com.br/economia/saiba-quais-atividades-mais-contribuiram-para-reduzir-o-desemprego-no-brasil

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