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Você conhece algum jovem “nem-nem”?


O IBGE divulgou em sua última Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) que o número de jovens de 15 a 29 anos que nem estuda nem trabalha chegou a 9,6 milhões no país no ano passado, isto é, uma em cada cinco pessoas da respectiva faixa etária.

A Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) é uma pesquisa feita anualmente pelo IBGE, exceto nos anos em que há Censo. Em 2012, a pesquisa foi realizada em 147 mil domicílios, e 363 mil pessoas foram entrevistadas.

A maioria dos que formam a geração “nem-nem” (nem estuda nem trabalha) é de mulheres: 70,3%. A incidência é maior no subgrupo formado pelas pessoas de 25 a 29 anos, onde as mulheres representavam 76,9%. A maternidade é o principal fator que explica esta discrepância.

No subgrupo de 18 a 24 anos, por sua vez, as mulheres representavam 68%. Entre essas jovens, 58,4% já tinham pelo menos um filho e 41% declaram que não eram mães.

Sabemos que a falta de estrutura familiar e educacional contribui para a maternidade precoce, mas um dado alarmante é que atualmente, apenas 2 em cada 10 crianças de até 3 anos frequentam creche.

A falta de creches acentua o problema porque as mulheres não retomam os estudos ou o mercado de trabalho, pois optam por ficar em casa cuidando dos filhos e contam com a ajuda familiar.

Estamos diante de um desperdício social. Estes jovens desocupados necessitam urgentemente de políticas públicas que corrijam esta rota.

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